ATA DA DÉCIMA OITAVA SESSÃO SOLENE DA QUINTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA NONA LEGISLATURA, EM 16.06.1987.

 


Aos dezesseis dias do mês de junho do ano de mil novecentos e oitenta e sete reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Décima Oitava Sessão Solene da Quinta Sessão Legislativa Ordinária da Nona Legislatura, destinada a entrega do título honorífico de Cidadão Emérito ao Sr. Rosalino Carmanin Necchi, concedido pelo Projeto de Resolução nº 33/86 (proc. nº 2510/86). Às dezesseis horas e vinte e cinco minutos, constatada à existência de “quorum”, o Sr. Presidente declarou abertos os trabalhos e convidou os Líderes de Bancada a conduzirem ao Plenário as autoridades e personalidades presentes. Compuseram a Mesa: Ver. Luiz Braz, 2º Vice-Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, presidindo os trabalhos da Sessão; Sr. Leonel Ricardo Tommigez, representando, neste ato, o Dep. José Ivo Sartori, Secretário do Trabalho e Ação Social; Sr. Constantino Bottin, representando o Bairro Cavalhada; Sr. Adão Conceição; Sr. Maurício Vian, representando a Cáritas; Sr. João Antônio Dib, ex-Prefeito de Porto Alegre; Sr. Rosalino Carmanin Necchi, homenageado; Sra. Helenita da Silva Necchi, esposa do homenageado; Ver. Aranha Filho, na ocasião, Secretário “ad hoc”. A seguir, o Sr. Presidente concedeu a palavra ao Ver. Ignácio Neis que, em nome da Casa, falou da justeza da homenagem que este Legislativo presta à pessoa de Rosalino Carmanin Necchi, destacando que S.Sa. foi o propulsor do progresso do Bairro Camaquã, sendo homem dedicado à comunidade e ao bem-estar social. Em continuidade, o Sr. Presidente concedeu a palavra ao Sr. João Antônio Dib, ex-Prefeito da Cidade, que elogiou o trabalho sempre realizado em defesa da comunidade do Bairro Camaquã pelo homenageado, salientando que aquela zona muito deve se orgulhar da atuação e da liderança por ele exercida. A seguir, o Sr. Presidente convidou a Sra. Helenita da Silva Necchi, esposa do homenageado, para proceder à entrega do título de Cidadão Emérito ao Sr. Rosalino Carmanin Necchi. Em prosseguimento, o Sr. Presidente concedeu a palavra ao homenageado, que agradeceu o título recebido.Após, o Sr. Presidente fez um pronunciamento alusivo à solenidade, convocou as autoridades e personalidades presentes a passarem à Sala da Presidência, convocou os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental, e levantou os trabalhos às dezessete horas e trinta minutos. Os trabalhos foram presididos pelo Ver. Luiz Braz e secretariados pelo Ver. Aranha Filho, como Secretário “ad hoc”. Do que eu, Aranha Filho, Secretário “ad hoc”, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após lida e aprovada, será assinada pelos Senhores Presidente e 1ª Secretária.

 

 


O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Ignácio Neis, que fará a saudação em nome de todos os partidos que compõem esta Casa ao homenageado.

 

O SR. IGNÁCIO NEIS: Sr. Presidente, Vereadores presentes, convidados, irmãs do homenageado, amigos e demais parentes, filha, genro, netos, especialmente o povo de Camaquã, representando o Partido da Frente Liberal, o Partido Democrático Social, o PDT, o PMDB, o PCB, o PT, o PC do B, tenho a honra de dirigir a palavra à cidade de Porto Alegre, ao homenageado, aos Vereadores, a todos, para transmitir, não que eu sinta o palpitar de um amigo muito achegado, de um compadre, mas o palpitar daquilo que representa, daquilo que é, a vibração que existe, hoje, no Bairro Camaquã, um bairro que todos nós amamos, recebe através do poder Legislativo do Município de Porto Alegre a maior honra, a maior comenda, o maior diploma, o atestado que mais representa um agradecimento, um muito obrigado, a quem desde que aqui em Porto Alegre chegou, há mais de 40 anos, não soube nada mais fazer do que servir a comunidade, abnegado, sem avisar a interesses pessoais, sem ter lucro, como nós poderíamos dizer que outros tiveram, apesar de também servir a comunidade. Não era comerciante, não era político, não era candidato a Vereador, não era nem representante de uma igreja, não era padre nem pastor; era apenas um pai de família, um esposo dedicado, um amigo que descobriu dentro de si, desde o berço de casa, junto de sua mãe, já que era órfão de pai, a semente do amor à comunidade; descobriu que ser feliz a gente consegue ajudando os outros, dentro da comunidade. Estou vendo o irmão do homenageado, e saúdo a outros também, que não tenha percebido aqui. Estamos todos hoje felizes, e, por isso, por certo, temos que esquecer muitas coisas; a emoção que me traz, me leva quase a chorar! Mas sei que não posso chorar! (Palmas.) Porque agora a minha incumbência aqui é transmitir o “obrigado” do Bairro Camaquã, o “obrigado” da cidade de Porto Alegre a quem nada pediu e tudo deu, desde pequeno, desde a sua juventude. Preparei algumas linhas, para que o meu discurso não seja monótono e tenha alguns dados fáticos, para que nós pudéssemos, então, lembrando algumas coisinhas, sentir o quanto pulsa o Bairro Camaquã, hoje, feliz, e o quanto pulsa a cidade. Se tivéssemos, igual a Carmanin Necchi, mais dez, mais vinte, mais trinta ou cinqüenta pessoas espalhadas em cada bairro desta cidade, garanto que a mesma seria outra. Não queremos, talvez, políticos, não queremos grandes comerciantes, não queremos pessoas que prometam soluções as mais difíceis, as mais extraordinárias; queremos aquela pessoa que atenda com carinho, a todos em casa, a todas as reivindicações, que encaminhe o estudante que não conseguiu vaga no colégio, como ele fazia. Que ajude a solucionar uma lâmpada de luz que estragou, uma poça de água, um esgoto não sanado; que lute para formar uma associação de bairro, pela construção de uma igreja, de escolas, conforme vamos ver agora. Natural da longínqua cidade de Itaqui, fronteira oeste do Rio Grande do Sul, que margeia com o Rio Uruguai, na divisa com a Argentina. Ficou órfão de pai aos 4 anos de idade, numa época em que as leis sociais não amparavam a família do trabalhador rural, no caso de sua morte. Rosalino, desde criança – foi sempre afeito ao servir, o que fazia com alegria e disposição, tanto como mandalete da casa, como da vizinhança. Percorreu, em sua infância, diversas cidades do Rio Grande do Sul, junto com sua mãe e com seus irmãos. E, ainda na sua juventude, veio a Porto Alegre. Veio a esta mui leal e valorosa cidade, onde se realizou, trabalhando pela comunidade, dentro do mais alto princípio de que quem não vive para servir, não serve para viver. Casou-se com Helenita, em 1946. A ela, Helenita, prestamos nossa homenagem. (Palmas.) A Helenita, que é muito querida no Bairro Camaquã, a Helenita que por muitos e muitos anos, todos os noivos e noivas tinham que agradecer, ao entrar na igreja e vê-la engalanada, porque Helenita estava ali arrumando as flores, limpando a igreja, conservando o altar. E isto tudo sem nenhuma remuneração, graciosamente, pela comunidade, participando sempre para que as outras atividades, do apostolado da oração, da ação social, dos movimentos jovens, pudessem ali desenvolver suas atividades. O Sr. Rosalino Necchi foi funcionário público, trabalhando no estabelecimento de subsistência do III Exército. Também como funcionário público, e depois como aposentado, ele se preocupava com seus colegas de trabalho. Não se preocupava só com o seu vizinho, sua comunidade ou sua igreja do Bairro Camaquã, mas também com seus colegas de trabalho e, através dele, duas ou três vezes seus colegas conseguiram promoções em movimentos dentro do Exército. Se não fosse ele, não haveria estas promoções. Em 1949, o problema da moradia já assolava a metrópole gaúcha, agravada pela grande imigração, vinda do interior do Estado para cá. Iniciavam-se, na época, as construções de edifícios de blocos residenciais. Foi então que o Sr. Rosalino adquiriu a propriedade, um terreno e um chalé de madeira velha, numa localidade, ainda sem denominação própria, na Zona Sul de Porto Alegre, a 10 Km do centro (atual Bairro Camaquã), onde faltava de tudo: transporte, rede d’água e esgoto, iluminação pública e familiar, entrega de correspondências, assistência médica, farmácia e escola, onde cresciam campos, matos e onde havia banhado chão batido.

 

O SR. PRESIDENTE: Peço desculpas ao orador que está na tribuna para convidar o ex-Prefeito de Porto Alegre, João Antonio Dib, juntamente com o Líder do PDS, Ver. Hermes Dutra e também o Líder do PFL, Ver. Raul Casa, para fazerem parte da Mesa.

 

(Os Srs. João Antonio Dib, Hermes Dutra e Raul Casa tomam assento à Mesa. Palmas.)

 

O SR. IGNÁCIO NEIS: O Sr. João Dib por certo bem representa os Prefeitos que desde José Loureiro da Silva no Executivo acompanharam o trabalho de Rosalino Necchi pelo Bairro Camaquã. Por certo, João Dib, a quem saudamos como o amigo do Bairro Camaquã, como amigo de Rosalino Necchi, representa bem todos os Prefeitos porque a todos prefeitos Rosalino Necchi sempre se diria quando algum problema tinha. Nós agradecemos, em nome da comunidade de Porto Alegre, em nome do Bairro Camaquã, sua presença, João Dib. (Palmas.) Temos certeza que podemos dizer que no palpitar de todos os ex-Prefeitos de Porto Alegre está o mesmo eco que está em seu coração. Continuando, Sr. Rosalino dinâmico e dotado de espírito comunitário e da solidariedade humana, herança de família, pois seus pais eram assim, aumentou a área da casa e cedeu a parte dos fundos a um casal com 5 filhos pequenos que chegaram de Rio Grande e não tinham onde morar. Esta família servia de companhia à esposa, fato tão necessário devido à distância entre a sua casa e o local de trabalho e a absoluta falta de recursos da localidade. Trabalhador e dotado de invejável espírito comunitário, desde logo passou a redigir e datilografar abaixo-assinados dirigidos às autoridades competentes, reivindicando soluções para os problemas acima citados.

Em 1959, 28 anos, portanto, aproveitando uma campanha encetada pelo vespertino “Folha da Tarde”, da época, que estimulava a criação de associações comunitárias e de amigos de Bairro, ajudou a fundar a Associação dos Amigos do Bairro Camaquã, no dia 22.08.1959m que muito contribuiu para o progresso vertiginoso da localidade. Dessa Associação que vai completar 28 anos de atividade em agosto próximo, foi presidente durante 15 anos, os mais intensos dela, com reeleições anuais assumindo nos períodos intermediários os cargos de relações públicas, vice-presidente e de secretário, cargos esses que se encontram até hoje. Ainda domingo presidiu e ajudou os trabalhos da Associação, colaborou na eleição do conselho deliberativo e conselho fiscal que vai dirigir a Associação até ano que vem.

Em 7 de dezembro, com a colaboração da Associação dos Amigos do Bairro Camaquã, que muito lutou pela causa, foi fundado e oficializado o bairro Camaquã, o qual já vinha sendo conhecido como Camaquã, em face da rua do mesmo nome, por onde circulam os coletivos desde aquela data. E lá foi o Sr. Rosalino Necchi, relações públicas da AABC, a gestionar junto à livraria do Globo, par que o novo bairro integrasse a Carta da Cidade, que estava sendo atualizada – o que realmente aconteceu, o bairro passou a ser conhecido em toda a cidade.

Em 1960, nosso homenageado foi portador da primeira carta reivindicatória da localidade, entregue em solenidade especial ao Prefeito José Loureiro da Silva, num tipo de trabalho reivindicatório pelo bairro que jamais cessou.

A partir de 1960, participou como co-autor de todas as cartas reivindicatórias do bairro Camaquã. Realizou, com seus companheiros, de diretoria da associação do bairro, memoráveis festas de confraternização com a população e autoridades especialmente convidadas, as quais entregavam-se as respectivas cartas reivindicatórias, organizações de problemas mais sentidos da comunidade, que muitas vezes, reuniu toda a administração municipal, o prefeito Célio Marques Fernandes e seu secretariado, estando lá, também, o presidente da Câmara Municipal, na época, Ver. Renato Souza e outros parlamentares. Festa esta em que reuniu 300 moradores, fato que muito contribuiu para o progresso vertiginoso da comunidade. Apolítico, nunca se filiou a partido político. Gestionou e nunca tomou partido como parte de sua vida – o seu partido era só a comunidade, era só o bairro, era a sua igreja, as suas escolas, as creches do bairro Camaquã, os seus moradores. Todos nós fazemos parte do seu partido.

 

(Palmas.)

 

Reuniões do bairro Camaquã. Sobre o assunto, diversos recortes de jornais ao longo dos 30 anos que Rosalino Necchi, inclusive os guarda com carinho – é um patrimônio que ele guarda. Ele tem um arquivo com mais de 10.000 páginas. Existe alguma coisa semelhante em Porto Alegre? Não existe associação nenhuma, nem a Federação Rio-grandense da FRACAB não tem um arquivo histórico com 10.000 páginas. Todos os Pedidos de Providências, toda a História de Camaquã, todos os jornaizinhos que saíram do bairro, da igreja, dos colégios, Rosalino guarda com muito carinho. É o nosso arquivo. Este arquivo ele o fez, inclusive com trabalhos especiais, com 4 livros, 4 volumes grossos, encadernados, que foram entregues ao Instituto Geográfico do Rio Grande do Sul, e lá, já fazem parte da História do Rio Grande do Sul um trabalho do homenageado. Esse trabalho, numa das reportagens de jornal, Zero Hora, no dia 27 de dezembro de 1976, há 12 anos já, dizia assim: “Pulmão da Av. Otto Niemayer, nº 1934, onde mora ou na Rua Landell de Moura esquina com a Joaquim Louzada onde fica a Associação dos Amigos do Bairro Camaquã é fácil encontrar o pulmão dos interesses comunitários sempre trabalhando pela gente de Camaquã. E Carmanin Necchi que preside a entidade do Bairro desde 1962, mas que desde a fundação que participou nunca se manteve afastado, sendo no mínimo, um dos vice-presidentes. Em 5.6.69, o exmo. Cardeal D.Vicente Scherer, numa foto tirada do Sacro Colégio Pontifício, no Vaticano, assim expressou ao então arcebispo metropolitano de P. Alegre o que ele pensava de Rosalino Necchi, o Dom Vicente Scherer. “Ao estimado sr. Rosalino Carmenin Necchi, dinâmico propulsor do progresso do Bairro Camaquã, oferece Cardeal Vicente Scherer”. Sua eminência acompanhou o trabalho do Sr, Necchi naquela localidade cujas atividades estendia ele Necchi, também, a atividade religiosa, sendo um dos fundadores da paróquia do bairro, participando de toda a organização e obras. Percebemos aqui que não estamos frente a nenhum político que faz de sua atividade comunitária um trampolim para sua projeção pessoal. Isso que nos causa emoção neste dia em que P. Alegre se lembra de homenagear – tantas vezes aqui já fizemos discursos, a gente quer falar das coisas boas que alguém faz, a gente às vezes cita aqui porque fulano foi um bom Prefeito; bem, ele teve à máquina administrativa, ele teve o cargo de Prefeito, ele teve o de Vereador também. A gente tem aquele gosto de ser Vereador, agora ter o gostinho de apenas servir a comunidade, isto que é bonito de se admirar, isto que é bonito de se venerar, isto que é bonito de se aplaudir, isto que é um exemplo para nossos filhos, nossos companheiros do Bairro, e assim, um exemplo para toda a cidade de Porto Alegre. Por isso é muito justa esta homenagem que estamos prestando ao Sr. Rosalino. Rosalino Necchi faz questão de dizer que para melhor servir participou de todos os cursos, de todos os seminários de desenvolvimento de comunidade realizado pelo SESI e pela Secretaria de Estado dos Negócios do Trabalho e Ação Social ao longo dos anos de 60 e 70, tendo realizado, em convênio com o SESI e a Paróquia Locas, dois Seminários no Bairro Camaquã, em 1969 e 1970. Seminários, esses, coordenados por ele, liderados por ele, onde participaram, em cada um deles mais de 100 pessoas. Eu, pessoalmente, participei em 70 e aprendi uma barbaridade e o Necchi é responsável por vocês estarem me aturando, agora, aqui na tribuna, porque ele, também, colocou em mim um pouquinho da vontade de servir. Mesmo que às vezes a gente sirva com um pouco de orgulho, orgulho que ele não tem, mas a gente aprendeu. Eu acho que todos nós, aqui presentes, estamos aqui porque aprendemos com Rosalino Necchi e temos que transmitir aos outros. Em 1970 incentivou e colaborou decisivamente na implantação de um Curso Supletivo de 1º Grau na Igreja São Vicente Mártir, 470, 471, 2, 3, 400 pessoas passaram por ali e fizeram o ginásio, Madureza Art. 99, um deles, um dos primeiros alunos, talvez o mais aplicado que diplomou naquela Igreja, um barracão de zinco – como diz a música – foi o Sr. Rosalino Necchi. Participou, também, Rosalino da 1ª e 2ª Olimpíada Popular de Porto Alegre promovidas pela FRACAB. A primeira foi em 66 com o patrocínio do Sesi e LBA e oficializada pela Prefeitura Municipal, tendo ele sido, na época, escolhido como Relações Públicas mais de 100 recortes de jornais alusivos ao seu trabalho na divulgação do evento, tendo recebido Menção Honrosa, Honra ao Mérito pelo trabalho realizado e, inclusive, recebeu na época um diploma de Honra ao Mérito da Câmara Municipal de Porto Alegre. E recebeu pela FRACAB o título de Líder Comunitário, assim como conseguiu o 3º lugar no Concurso de Reportagens dessa mesma Olimpíada. A reportagem era sobre o tema “Bairro e a cidade de Porto Alegre”. Na qualidade de Presidente da Associação dos Amigos do Bairro Camaquã, durante o período da 1ª Olimpíada Popular de Porto Alegre, realizou Rosalino um campeonato relâmpago. O Sr. Rosalino tem uma atividade múltipla, ele liderava o esporte, liderava movimentos sociais no Bairro Camaquã, liderava movimentos para os carentes, liderava movimento da Igreja, liderava os movimentos reivindicatórios, onde faltava colégio, ele ajudava a solucionar o problema, como ajudou o Colégio Camaquã. Realizou desfiles e atividades na Semana da Pátria e criou ambiente para a continuação do evento. Criou as ruas de recreio no Bairro Camaquã, foram sucesso, foram notícia em todo o Brasil, as crianças brincando, os jogos para as crianças brincarem no meio da rua, o pessoal na rua, tocando gaita e violão. Ajudou muito o Necchi, entusiasmado como sempre foi pelo trabalho comunitário, Em 1986 Rosalino compôs o Hino da Associação dos Amigos do Bairro Camaquã, gravado pela Banda de Música da Base Aérea de Canoas, no Auditório Araújo Vianna, acompanhado do Barítono Francisco Cauduro. Portando, dele a música e a letra do Hino da Associação dos Amigos do Bairro Camaquã. Fez ainda o Hino da Rua do Recreio. Fez ainda o Hino da Semana do Bairro Camaquã, o Hino da Paróquia São Vicente Mártir. Nosso homem também teve uma veia poética. Na redação ninguém melhor do que Necchi. Vou confessar a todos que nas reivindicações do Bairro, a última reivindicação foi atendida pelo Prefeito Collares, pelo DEP escrita por Rosalino Necchi, que durante a última greve dos municipários, de Porto Alegre, ele fez com que o DEP conseguisse um grupo de pessoas que não estavam em greve, furassem a greve e fosse lá consertar o esgoto, esquina da Rua Otto Niemayer, que ninguém conseguia, Necchi redigiu o trabalho e levou ao DEP. Necchi sempre pronto a ajudar.

 

(Palmas.)

 

Camaquã dá vivas ao seu Necchi e seu Necchi também dá vivas à Camaquã, em cujo solo está a marca de suas pisadas e o reflexo do seu trabalho comunitários. Diz que foi um trabalho exaustivo, mas gostoso, lembrando as palavras da célebre poetisa chilena Gabriela Mistral: “há a alegria de ser puro e a de ser justo. Mas há, sobretudo, a maravilhosa, a imensa alegria de servir”.

Mostrando entusiasmo, conseguiu centenas de bandeiras plásticas da PETROBRÁS para enfeitar as ruas, nos dias festivos. Conseguiu o pavilhão nacional e a bandeira do Bairro Camaquã, em veludo, junto ao III Exército.

A luta maior foi uma das grandes lutas, desde 59, é a pavimentação de todo itinerário do transporte coletivo, com quatro linhas de ônibus, fazendo um zigue-zague. Esse percurso está pavimentado e mais de dois terços das vias públicas já receberam calçamentos. Todos podem chegar aqui, prefeitos, vereadores e dizer que conseguiram calçamento. Mas, seu Necchi não precisa dizer nada. Ele tem tudo escrito. Ele pediu. Tem respostas, tem tudo escrito. Não há nada sem registro desde 1959, pedidos de providências, etc. E nem faz questão de publicar. É um modelo de luta por uma comunidade. É um exemplo para o mundo de alguém que realmente construiu. Mas não se preocupa com nada além de servir seu bairro. O resto é feliz, por certo é porque tem muitos amigos no bairro Camaquã, porque tem muita gente que o admira, que deve para ele. Nós todos devemos para o Sr. Resalino Necchi, e se o Bairro Camaquã deve, a cidade toda deve para ele, porque nós somos de Porto Alegre, e um bairro mais feliz e mais realizado é o bairro Camaquã, que bom seria que todos os bairros tivessem um Necchi.

Hoje, o bairro Camaquã tem mais de 30 mil habitantes, que proliferam das mais diversas moradias até as casas comerciais, armazéns, supermercados, farmácias, açougues, lojas de tecidos, calçados, gabinetes dentários, etc.

E o Postão do INAMPS, quem conseguiu? A Associação do Bairro Camaquã tem lá documentado, pediram e conseguiram, através de luta do Sr. Rosalino Necchi.

Necchi, dinâmico e propulsor do bairro Camaquã.

Além das obras públicas, muita energia em amor à causa do bairro Camaquã, ele também teve o cuidado de manter, ao longo de sua administração na Associação, o operoso departamento feminino. Ele presidia a Associação do Bairro Camquã, conseguiu com um grupo de amigos – e muitos dele estão aqui, o Sr. Adão, por exemplo, não vou citar outros porque cometeria injustiça se deixasse alguém de fora – primeiro, compraram um terreninho, pagaram o terreno, não invadiram terreno de ninguém, pagar, depois conseguiram uma casinha, a colocaram ali. Depois, construíram aquilo que é hoje a Associação do Bairro Camaquã, a sua sede própria, onde se realizam cursos à tarde e à noite, existe uma secretária lá atendendo, à tarde tem curso supletivo e à noite tem MOBRAL, Agora mesmo, inaugurou-se lá um Curso de Corte e Costura para 28 senhoras. É um trabalho que vem semeado, mas que vem dando frutos constantemente. Repercutindo em todo o bairro Camaquã.

Outro importante fato, uma conquista do bairro Camaquã, são os estabelecimentos de ensino de primeiro grau, com muitas campanhas junto às autoridades competentes, imprensa, para atender àquela população que cresce vertiginosamente. Nós temos, no Bairro Camaquã, quatro colégios públicos e dois particulares. Um que é, particularmente, atendido direto às reivindicações a Associação do Bairro Camaquã que é o Alceu Wamosy. Associação esta que era sempre presidida pelo Rosalino Necchi. Então, todo mundo sabe, em todos os desfiles de 7 de Setembro era anunciado, Colégio que vem ao Bairro Camaquã, a pedido da Associação dos Amigos do Bairro Camaquã. E, quem estava lá coordenando tudo? Todos nós sabemos que associações de bairros muitas vezes não são tanta gente assim. E alguns que são pulmões, então vivem uns pelos outros. E lá estava Necchi vibrando e fazendo mais gente vibrar junto com ele.

Arquivo Histórico do Bairro Camaquã já citei, todas as reivindicações, todas as correspondências, todos os artigos de jornais, todos os registros da igreja. Todos! Nem a igreja deve ter isso aí. Quer dizer ninguém têm. Vai custar um pouco para achar porque é muito, dez mil folhas é muita coisa. Participou decisivamente da construção da Igreja São Vicente Mártir. Participou de concurso de poesias e literatura. O Necchi, era ele mesmo. Uma rosa é feliz porque é uma rosa. Ninguém poderia dizer porque que a rosa sorri para os outros, porque se ela olhar para baixo os espinhos ferem. Então ela olha para cima e não fica olhando as suas dificuldades. Olhando para as dificuldades dos outros sorri para os outros. A rosa não queria ser figo, por melhor e mais gostoso que fosse o figo. Nem a rosa queria ser uva, ela queria ser uma rosa. O Rosalino Necchi não queria ser político, Vereador, não queria ser padre, pastor, não queria ser Prefeito, e não é que não faltasse convite para isso. O Sr. Rosalino queria ser o Sr. Rosalino Necchi.

 

(Palmas.)

 

Ele queria ser o Líder comunitário. Queria somente ser aquele que ajudaria a um e a outro. Eu me lembro de gente, companheiros nosso que chegavam na casa do Sr. Rosalino e pediam para ajuda-los a conseguir e conseguia o Sr. Rosalino, uma bolsa de estudos junto ao Instituto Cultural Norte Americano, conseguiam bolsa integral. Umas quantas vagas, coisinhas daqui e dali ele ia lá com paciência conversar e explicar o problema da pessoa que não tinha, mas que era um idealista, gurizão novo de 15, 16, 17 anos e que não tinha dinheiro para pagar, ele conseguia com conversa e, às vezes, tinha que voltar cinco, seis, dez vezes.

Então, eu me lembro que em 73 eu estava aprendendo com o Sr. Rosalino Necchi a visitar órgãos públicos, ele dizia: Ignácio, pena que a gente, na Associação não consegue levantar-se, porque o dinheiro é pouco, o que se levanta nas mensalidades. Porque até dificuldades ele tinha, às vezes, de pagar a passagem de ônibus. Se cada um dos sócios pudessem pagar uma passagem por mês para ajudar! Ele tirava do bolso dele. Corria e corria. Toda a semana saindo. Eu aprendi muito com ele. Ele me dizia que eu devia divulgar o meu trabalho, que eu devia ser vereador, ajudar o bairro. Ele quis ajudar alguém do Bairro Camaquã. Ele sempre disse que não tinha partido, o negócio dele é a comunidade. Acima das minhas amizades pessoais está o Bairro Camaquã, a comunidade. Então, Rosalino Necchi nunca quis ser aquilo que ele não era e não querendo ser o que não era, ele se realizou. Tenho certeza de que sua família tem orgulho dele, como nós todos do Bairro Camaquã temos orgulho dele. Rosalino Necchi estou feliz, porque eu também me considero seu filho, seu amigo, seu irmão. Se sou Vereador eleito pelo Bairro Camaquã, hoje, é porque o Necchi me ensinava. Devo agradecer em meu nome, em nome de minha família, em nome do Bairro Camaquã, a ti Necchi. Necchi, o Bairro Camaquã te deve e a cidade de Porto Alegre te deve e por isso vai receber hoje com justiça o título maior que a cidade pode dar a alguém que tanto fez por ela. Parabéns, Rosalino Necchi. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Dada a importância da solenidade e do título que vai ser entregue, eu tomo a liberdade, como Presidente da Casa, neste instante, de quebrar o protocolo e dar a palavra ao ex-Prefeito de Porto Alegre, amigo, também, do homenageado, o Ver. João Antônio Dib.

 

O SR. JOÃO ANTÔNIO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, meu caro homenageado Rosalino Carmanin Necchi, amigos e amigas de Rosalino Necchi, realmente há uma quebra de protocolo, mas eu também gostaria de dizer da minha solidariedade que a Câmara Municipal presta a alguém que tem dedicado muito do seu tempo para o bem comum, para a melhoria da qualidade de vida nesta Cidade.

Certa ocasião, um homem olhava dois operários trabalhando numa construção e notou que um trabalhava muito irritado e outro cantava e ria. Ele chegou e perguntou àquele que estava brabo: “Meu Senhor, o que o senhor está fazendo aí?” O operário respondeu: Não vê que estou construindo uma parede? Ele ficou satisfeito com a resposta e foi até o outro que cantava e ria e perguntou: “O que o senhor faz?” Ele respondeu: “O senhor não vê, meu amigo, que eu estou construindo uma catedral?” E Rosalino Necchi, músico, poeta, não é senão um pedreiro que tenta construir uma sociedade melhor com o seu esforço, com a sua dedicação e, sobretudo. Com o seu exemplo, mostrando que é possível, a partir do trabalho sério, a partir do desprendimento, da dedicação ao seu semelhante, fazer, não só um Bairro melhor, mas fazer uma Cidade, um Estado, um País melhor.

Acompanhei, muito de perto, o trabalho do Rosalino Necchi, que não se restringiu ao Bairro Camaquã, pois transcende; ele trabalhou pela cidade, porque também foi membro muito atuante da FRACAB, fez grandes sugestões e apresentou grandes idéias, mas não ficou apenas nas idéias, o que o nosso Ver. Ignácio colocou muito bem. Ele é um homem organizado; tudo é datilografado, tudo é arrumado com um esforço extraordinário, com uma dedicação que muitos mais deveriam ter, para que tivéssemos a cidade que todos nós amamos e sonhamos. É por isso que, hoje, quando muito acertadamente, repito, a Câmara homenageia Rosalino Necchi, também está homenageando os moradores do Bairro Camaquã, que também souberam seguir a sua liderança. Eu quero dizer que nesses vinte e oito anos em que ele vem atuando na vida comunitária, vinte e seis eu fiquei ao seu lado e acompanhando a sua atuação, desde a Administração de José Loureiro da Silva. Antes, também, mas foi a partir daquela Administração que eu o acompanhei mais de perto. Acho que Necchi poderia, sem dúvida nenhuma, conforme disse aqui o Ver. Ignácio Neis, receber o “obrigado” de cada um daqueles que, após Loureiro da Silva, foram Prefeitos desta cidade. Por isso, quero transmitir o meu agradecimento, e tenho certeza de que todos os outros Prefeitos anteriores a mim também agradecem a este homem, pelo seu trabalho, que mais do que qualquer coisa deve ser um exemplo para todos nós, porque no momento em que todos nós, cidadãos desta cidade, nos preocuparmos com o nosso semelhante, quando colocarmos o bem comum acima dos nossos interesses pessoais, nós viveremos muito mais felizes. Por tudo isto, Necchi, quero te mandar o meu abraço e dizer que a homenagem é muito válida. Que o teu exemplo sirva para todos nós e que esta homenagem seja razão para que continues com o mesmo entusiasmo, e sei que até vai redobrar. Muitas felicidades. Muito obrigado.

 

(Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Convidamos a esposa do homenageado, Sra. Helenita da Silva Necchi, para fazer a entrega do Diploma de Cidadão Emérito de Porto Alegre, ao Sr. Rosalino Carmanin Necchi. (É feita a entrega do Diploma.)

Ponto alto desta Sessão Solente, concedemos a palavra ao homenageado, Sr. Rosalino Carmanin Necchi.

 

O SR. ROSALINO CARMANIN NECCHI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, convidados e autoridades presentes: natural da longínqua cidade de Itaqui, fronteira oeste do Rio Grande do Sul, margeando o Rio Uruguai na divisa com a Argentina, sou filho de carpinteiro, de quem fiquei órfão aos 4 anos de idade, quando as leis sociais não amparavam a família do trabalhador, no caso da morte deste. Fui sempre afeito a servir, o que fazia com alegria e disposição, tanto como mandalete da casa quanto da vizinhança.

Percorri na minha infância diversas cidades do interior do Estado, em companhia de minha saudosa mãe e irmãos, e, sozinho, na minha juventude, sempre com a mesma disposição de servir, vim parar nesta “mui leal e valorosa Porto Alegre”, onde me realizei trabalhando pela comunidade, dentro do mais alto princípio de que “quem não vive para servir não serve para viver”.

Casei-me em 1946 e presto homenagem à minha esposa Helenita da Silva Necchi, que muito lutou comigo e deu-me força e apoio para o trabalho realizado.

Em 1949, como se sabe, o problema da moradia assolava a metrópole gaúcha agravado pela grande migração vinda do interior do Estado para cá, quando recém se iniciavam as construções de edifícios e blocos residenciais. Então adquiri uma propriedade (um terreno e um chalé de madeira) numa localidade ainda sem denominação própria, na Zona Sul de Porto Alegre, a uns 10 KM do centro, onde faltava de tudo, como acontece com os povoados em formação.

Movido pela solidariedade humana, herança de família, pois meus pais eram assim, aumentei a área da casa e cedi a parte dos fundos a um casal com 5 filhos pequenos que chegaram da cidade do Rio Grande e não tinham onde morar.

Como é dando que se recebe, esta família servia de companhia à minha esposa, fato tão necessário devido à distância entre minha cãs e o local de trabalho e a absoluta falta de recursos na localidade. A seguir passei a reivindicar soluções para os problemas da comunidade, assumindo por 15 vezes a presidência da Associação dos Amigos do Barro Camaquã, que vai completar 28 anos de existência.

Todavia, agradecendo a Deus pela coragem, perseverança e o desprendimento com os quais lutei pelo Bairro Camaquã, tenho a certeza de que, se o trabalho realizado fosse remunerado e se com esta receita enriquecesse, não teria sido tão gratificado como fui com este prêmio que o tempo não corrói e a inflação não consome e que ficará à posteridade mostrando quanto vale o desprendimento e o amor à causa.

Neste momento de receber a consagração pelo título com o qual fui agraciado pelo dinâmico e competente Vereador Ignácio Velentim Neis, autor do projeto que me concede o honroso título de “Cidadão Emérito de Porto Alegre” graças ao reconhecimento e a generosidade dos edis porto-alegrenses, que em votação unânime demonstraram o mais alto espírito de justiça em sua decisão, modéstia a parte, pois reconheço que trabalhei muito sem visar vantagens ou prestígio pessoal.

Muito obrigado. Muito obrigado mesmo a Deus e à comunidade porto-alegrense que me deu todo o apoio e incentivo; e aos ilustres vereadores da capital gaúcha, cujo solo em 1752 abrigou os casais açorianos, os quais se fossem vivos repetiriam a frase inserida no monumento em sua homenagem: “Eles não sabiam que da semente que lançaram surgiria o esplendor desta Cidade”.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Para dizer da importância deste título, desta homenagem que a Câmara presta ao Sr. Rosalino Necchi, gostaria, neste encerramento de solenidade, apenas lembrar o seguinte: Nós vivemos um momento muito importante na vida nacional, um momento em que temos um trabalho gigantesco à nossa frente, que é um trabalho de conscientização de todas as pessoas, no sentido de que cada um deve ser um guerreiro valoroso, para que possamos reconquistar o direito da vida, o direito à sobrevivência, o direito à igualdade, o direito de colocar neste País que tanto amamos, onde, realmente, ele bem merece, entre aquelas nações que mais se destacam no mundo inteiro. Nós estamos ocupando, no cenário mundial, um local que não é nosso, esse lugar que ocupamos no cenário mundial, de subdesenvolvidos, como estamos sendo chamados lá fora, é um lugar que não é nosso, e é um lugar que nós só vamos sair, para estarmos em lugar de destaque, bem consciente do trabalho que ela própria pode desempenhar. Nesse trabalho, começa, exatamente, aí, começa nos bairros, começa com as grandes lideranças, porque quando nós tivermos bairros fortes, quando tivermos lideranças multiplicadas, como esta liderança que homenageamos hoje aqui, também teremos um município pujante. E como sabemos que o Município é a célula do Estado, e quando esta célula está cheia de vida, temos um Estado também cheio de vida. Nós, neste instante, estamos, não apenas homenageando a figura do Sr. Rosalino Necchi – nós prestamos, neste exato instante estamos não apenas homenageando a figura do Sr. Rosalino Carmanin Necchi. Nós prestamos neste instante a homenagem a todo o Bairro Camaquã, porque afinal de contas quem tem um grande líder, como é o caso do Rosalino Carmanin Necchi, tem a certeza também de que tem a seu lado o progresso, a força, a vitalidade suficiente para que a luta possa continuar e a partir desta luta nós possamos, se Deus quiser, conquistar o progresso que todos nós queremos. É por isso que este momento se reveste de muita importância, é por isso que nós, da Câmara Municipal, e neste instante como Presidente da Câmara nos enchemos de júbilo ao podermos dizer também como já disse o Ver. Ignácio Neis: muito obrigado ao homenageado de hoje, Rosalino Carmanin Necchi.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Nada mais havendo a tratar, estão encerrados os trabalhos.

 

(Levanta-se a Sessão às 17h30min.)

 

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